Roubo no Louvre: coroa de diamantes levada por ladrões é achada na rua
Peça foi encontrada em uma rua próxima ao museu de Paris. Autoridades dizem que oito peças foram levadas de setor que abriga coleção de joias e pedras preciosas.
Por Redação g1
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Uma coroa de diamantes roubada no Museu do Louvre neste domingo (19) foi encontrada horas depois numa rua em Paris.
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A joia recuperada pertenceu à imperatriz Eugênia e é composta por 1.354 diamantes e 56 esmeraldas.
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Criminosos invadiram o Louvre e roubaram joias históricas da monarquia francesa em uma ação sem precedentes em plena luz do dia.
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Investigações estão em andamento. A ação durou só sete minutos e envolveu pelo menos quatro suspeitos.

Coroa da imperatriz Eugenia, com 1.354 diamantes, foi encontrada perto do museu
Uma coroa de diamantes e esmeraldas, uma das joias roubadas neste domingo (19) no Museu do Louvre, foi encontrada danificada em uma rua de Paris, segundo autoridades francesas.
A coroa pertenceu à imperatriz Eugênia, esposa do imperador Napoleão III, e é composta por 1.354 diamantes e 56 esmeraldas. O vídeo acima mostra detalhes da peça, que foi encontrada em uma rua próxima do museu.
Autoridades dizem que oito peças foram levadas pelos ladrões. São joias e pedras preciosas que ficam na Galeria de Apolo, setor do museu que abriga tesouros históricos.
Uma brasileira estava na Galeria de Apolo e filmou estrondos na sala momentos antes do roubo.

Coroa da imperatriz francesa Eugênia, uma das peças roubadas do museu do Louvre em 19 de outubro de 2025. — Foto: Divulgação/ Museu do Louvre
Coroa da imperatriz francesa Eugênia, uma das peças roubadas do museu do Louvre em 19 de outubro de 2025. — Foto: Divulgação/ Museu do Louvre
O Louvre é o museu mais visitado do mundo e foi invadido por criminosos à luz do dia, por volta das 9h30, no horário de Paris (madrugada no Brasil). Havia visitantes no momento.
O prédio foi imediatamente esvaziado e ficará fechado durante o domingo.
Segundo as investigações iniciais, a ação durou sete minutos e envolveu ao menos quatro suspeitos. Dois deles invadiram o museu e os outros dois esperavam em motos para a fuga. Ninguém foi preso.
Os ladrões acessaram o museu subindo por um pequeno guindaste estacionado ao lado do prédio. Em seguida, quebraram a janela e entraram. Veja o local nas imagens abaixo.

Foto mostra janela por onde entraram os ladrões do Museu do Louvre — Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters
Foto mostra janela por onde entraram os ladrões do Museu do Louvre — Foto: Gonzalo Fuentes/Reuters

Infográfico: onde foi o roubo de joias no Museu do Louvre, em Paris — Foto: Arte/g1
Infográfico: onde foi o roubo de joias no Museu do Louvre, em Paris — Foto: Arte/g1
O que é a Galeria de Apolo

A Galeria de Apolo, no Museu de Louvre, em Paris, em imagem de arquivo — Foto: Museu do Louvre/Divulgação
A Galeria de Apolo, no Museu de Louvre, em Paris, em imagem de arquivo — Foto: Museu do Louvre/Divulgação
O site do Louvre descreve a Galeria de Apolo como uma obra do rei Luís XIV, o “Rei Sol”. Ele reconstruiu a sala após um incêndio no palácio, em uma homenagem ao deus grego Apolo, que simbolizava a luz.
Entre os destaques da coleção está o diamante Regent, de 140 quilates e avaliado em mais de US$ 60 milhões. Ele não foi levado pelos ladrões.
O diamante foi encontrado em 1698, na Índia.

Diamante de 140 quilates que faz parte da galeria de Apollo, no museu do Louvre, que foi roubada em 19 de outubro de 2025. A peça, no entanto, não foi levada pelos ladrões. — Foto: Divulgação/ Museu do Louvre
Diamante de 140 quilates que faz parte da galeria de Apollo, no museu do Louvre, que foi roubada em 19 de outubro de 2025. A peça, no entanto, não foi levada pelos ladrões. — Foto: Divulgação/ Museu do Louvre
O museu abriga mais de 33 mil obras, entre antiguidades, esculturas e pinturas — da Mesopotâmia, do Egito de mestres europeus das artes.
É lá que está o quadro Mona Lisa, do italiano Leonardo da Vinci, gênio do Renascimento.
O Louvre tem um longo histórico de furtos e tentativas de roubo.
O mais famoso foi em 1911, quando a Mona Lisa desapareceu de sua moldura, roubada por Vincenzo Peruggia, um ex-funcionário que se escondeu no museu e saiu com a pintura debaixo do casaco.
A obra foi recuperada dois anos depois, em Florença, na Itália. O episódio ajudou a transformar o enigmático retrato na obra de arte mais conhecida do mundo.
Em 1983, duas peças de armadura da era renascentista foram roubadas e só recuperadas quase quatro décadas depois.
A coleção do museu também carrega o legado de saques da era napoleônica, que ainda hoje geram debates sobre restituição.